Percebo todos os dias que muitos participantes do Circuito Brasileiro de Handebol de Areia continuam com dúvidas em certos assuntos. Nesse momento, o que mais aflige é a vinculação de atletas aos clubes e federações.
Vou tentar dirimir algumas dessas dúvidas e espero que, caso esteja equivocado em alguma coisa, pessoas venham ao meu socorro para que não pairem sombras na relação regulamentos/clubes/atletas/instituições/dirigentes.
Em primeiro lugar, todos devem estar cientes que o Handebol de Areia é modalidade de Handebol e está vinculado à Confederação Brasileira de Handebol. Consequentemente, vinculadas às Federações Estaduais de Handebol. É importante dizer que o vínculo termina aí. Um é desporto e o outro modalidade desse desporto. Um atleta poderá jogar um desporto por um clube ou estado e estar vinculado na modalidade em outro clube e estado. Vinculações diferentes e documentos diferentes.
Outra fonte inesgotável de dúvidas é a participação de atletas e clubes em Taças, campeonatos estaduais e na principal competição nacional. Acredito que ninguém tenha problema para entender que as Taças são competições abertos e não dependem exclusivamente de vinculação. Os campeonatos estaduais deveriam manter uma vinculação de atletas e clubes. Entretanto, estamos engatinhando em alguns estados e é natural que os campeonatos ou torneios aconteçam de forma aberta. Já o Circuito Brasileiro exige a vinculação de atletas e clubes às suas federações e, naturalmente, à CBHb.
Esse processo é por quase todos conhecido. O clube para se inscrever no Circuito Brasileiro tem que estar vinculado a sua federação. Faz solicitação de inscrição e carteiras de atletas/dirigentes, e essa documentação é enviada à CBHb. Nessa instituição as carteiras são confeccionadas e devolvidas para a federação, que entregará ao clube. Até chegarmos nesse ponto levaremos tempo. Na verdade, esse processo foi sendo enxugado para ajudar na viabilização das competições. Vi inúmeras vezes o Stanley entrar em contato com a CBHb para liberar equipes e atletas que estavam com carteiras sendo confeccionadas. Ora, se chegaram a tempo na instituição maior não seria justo que ficassem sem jogar. O problema é que essa "elásticidade" foi ficando como norma e agora muitas dúvidas foram suscitadas.
Considerando ainda a mesma situação, percebemos que muitos clubes estão sem suas carteiras, apesar de terem pago. Hoje o Diretor da modalidade entrou em contato com a CBHb para solucionar essas pendências. O importante é lembrar que para termos carteiras é preciso entrar com solicitação antecipada. Deixando para última hora cairemos na mesma situação de anos anteriores, com liberação por telefone.
Outro problema, e grave, são os campeonatos abertos e a vinculação ao Circuito Brasileiro. Percebemos muitas formas de vinculação. Atletas vinculados num estado jogando o estadual (aberto) por outro (permitido). Atletas que jogam por uma equipe no estadual de um estado e o Circuito por outro clube adversário (permitido). Pessoas que jogam abertos em dois estados por clubes diferentes e o Circuito por um terceiro (permitido).... São muitas possibilidades. O que fica disso tudo é uma enorme confusão, para alguns, que em algum momento gerará problema a ser decidido em julgamento desportivo.
Votamos sempre por campeonatos estaduais com clubes federados e atletas legalizados. Sabemos que precisamos de flexibilização nesse longo início e afirmação da modalidade. Talvez, como exemplo, o Estadual Carioca poderia ser de clubes e atletas filiados, mas com abertura para clubes e atletas convidados. Exemplo: o ID Hand, equipe de SP é convidada no estadual do Rio de Janeiro. Não é necessária vinculação do clube. Os atletas avulsos de outros estados, que viessem participar na competição, seriam convidados com limite de 1 ou 2 por clube. É uma sugestão para se analisar.
Espero ter contribuído para o entendimento da modalidade e espero que muitos escrevam aqui no blog, pois quando comentamos apenas no Facebook a conversa se espalha por grupos e nada acontece.
Em Tempo: quando escrevo filiado ou vinculado quero dizer FEDERADO. Não tenho convicção desses termos, mas sei que existem diferenças em algumas situações.
Um forte abraço.
2 comentários:
Guerra,
Entendo que boa parte do problema que encontramos está na regularização das equipes que participam das competições.
Entendo também que como início e afirmação da modalidade como você falou seja considerada apta a participar das competições equipes compostas somente por um grupo de amigos.
Se formos levar isso a ferro e fogo, essas equipes não poderiam participar de competições organizadas por entidades federativas e / ou confederativas. Para que isso aconteça, as equipes deveriam representar clubes ou instituições esportivas devidamente registradas, onde em seu estatuto constasse claramente sua finalidade esportiva.
Uma vez que em competições estaduais e / ou nacionais não é obrigatório o supracitado, a questão de jogar por essa ou aquela equipe acaba caindo um pouco por água abaixo. Acredito que nestas situações o bom senso deva prevalecer.
Grande abraço a todos.
Esclarecedor e sugere que devemos nos organizar um pouco mais para não nos perdermos com o crescimento futuro da modalidade!
A respeito do tema penso que melhor seria um vínculo único, com o atleta passando a "temporada" inteira em uma equipe, somente em um Estado. O maior número de competições com a mesma base e mesmos atletas fortalece o grupo, facilita o planejamento a longo prazo e isso garante alguns benefícios ... Não acredto muito nesse rítmo itinerante, isso prejudica a organização dos times no final das contas.
Contudo cada cabeça uma sentença, e sem dúvida temos diferentes realidades nos Estados praticantes da modalidade, talvez em outros contextos se encaixe, no meu é um pouco estranho...
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