quarta-feira, 13 de julho de 2011

Analisando o VII Europeu de Beach Handball

Em primeiro lugar gostaria de expor aqui a importância de termos acompanhado a mais importante competição europeia de Beach Handball. Somente presente, filmando e depois analisando que poderemos estar entre os melhores do mundo.

Gravei 50 Gbs em jogos. Em breve disponibilizarei para todos em forma de vídeos. Certamente, cresceremos quando pudermos analisar mais jogos, mais jogadas, mais soluções e outras situações de jogo.

Recepção – Eu e Rossana fomos muito bem recebidos e tivemos acesso VIP aos melhores lugares para assistir, filmar, comunicar e descansar.

Organização – A exigência da Federação Europeia é muito grande e a federação local deu conta com sobras: trabalho primoroso. O espaço era fantástico e próprio para Tênis. Lá é disputado o ATP de Tênis da Croácia. Foi aproveitado o local e montaram caixas de areia nas quadras. Perfeito! Um centro de imprensa simples, mas que dava conta do recado. Um setor VIP com bebidas e alimentação constantes. Filmagens em todas as quadras (5). Fornecimento de vídeos para as equipes envolvidas no jogo. Transmissão pela internet. E na semifinal e final transmissão por TVs. Também na final colocaram uns dançarinos... Música constante, mas irritantemente repetitivas. Eram de 10 a 12 músicas que se repetiram durante 5 dias, sendo que no último o responsável variou.

Equipes – As equipes europeias sofrem com a impossibilidade de longos treinamentos, pois além do frio, seus atletas jogam e têm responsabilidades com o Handebol Indoor. O primeiro problema eles não têm controle, mas a perseguição ao jogador de bom nível de outra modalidade, no meu entender, contribui para as dificuldades pelas quais muitas equipes passam. Sendo assim, de uma maneira geral, eles se desenvolvem na competição. Outro problema muito evidente e a falta de renovação em algumas equipes. Acredito que esse problema, já solucionado pela Rússia, tem atrapalhado o resultado de alguns países. Esse rol de problemas deságua em excessivos giros e pouca jogada aérea. Com a perseguição implacável de árbitros, no início tivemos placares bisonhos, notadamente no feminino.

Feminino – Não sou a pessoa mais qualificada para opinar sobre o feminino, mas vou opinar academicamente. Croácia, Hungria, Itália, Dinamarca e Noruega formaram um primeiro time de Beach Handball. Espanha, que sempre esteve nesse grupo, foi obrigada a levar algumas jogadoras com pouca experiência e acabou pagando um preço alto, ficando em 6º lugar na competição e fora do mundial no Brasil. A grande surpresa foi o precoce afastamento da Ucrânia dos primeiros lugares. Uma equipe jovem, de boa qualidade, mas que se enrolou na hora que não podia.

Ainda no feminino, algumas equipes sofrem com atletas muito pesadas para a areia. Se somarmos os problemas para treinamentos, veremos que para esses países somente sobrarão os últimos lugares. Algo que me chama a atenção é a perseguição de algumas equipes às jogadas combinadas. Acredito que toda equipe tem que ter algo combinado, mas se apoiar exclusivamente nessa postura pode custar caro quando se enfrenta técnicos estudiosos e experientes como são os europeus.

Masculino – Problemas a parte, o nível do masculino foi excelente. Muitas equipes jovens e fisicamente “sobrando”. Sobram experiência de jogo, disposição, estatura, força e conhecimento da modalidade. Equipes como Croácia, Rússia, Espanha, Ucrânia e Hungria estavam ligeiramente superiores. A grande surpresa, pela experiência e por tudo que estavam jogando, foi a Hungria ter ficado de fora da disputa de medalhas. Porém, o Beach Handball não perdoa um set ruim e um shoot out azarado.

O masculino também sofre com excessos de giros, mas o número de jogadas aéreas é bem superior ao feminino, deixando o jogo mais plástico e espetacular.

Negativo – Muitas equipes com problemas de uniformes. Muita gente sem camisa em quadra. Clara afronta à regra do jogo, impondo às equipes uma proibição do goleiro sair da área durante o shoot out, pois se houvesse qualquer toque entre ambos, não importando em que situação, o goleiro seria desqualificado. Absurdo! Excessos em relação à interpretação do giro. Passaram a olhar não só os pés como tronco. Pés paralelos e de frente para a linha de fundo. Na lateral, de frente para a linha de fundo. Pés na posição de um na frente e o outro ligeiramente atrás, mesmo que de frente para o gol eram desconsiderados. Outra vez, absurdo! Felizmente, nas rodadas finais eles diminuíram essa bobagem e podemos ver excelentes jogos, sem a influência de interpretações equivocadas.

Gostaria de agradecer a três pessoas em especial. Siniša Ostojić técnico da Croácia pela gentileza em nos atender prontamente em seu país. A Stanley Mackenzie, diretor da modalidade na CBHb, incansável na luta pela nossa viagem. E Manoel Luiz de Oliveira, presidente da CBHb, por pensar grande e ver o Beach Handball com os olhos de quem vê algo que pode contribuir e promover.

Entrevista com Lino Cervar

Entrevista publicada pela EHF

Em que pese o Sr. Lino Cervar não saber que a modalidade na Areia está bem desenvolvida em outros continentes, fiquei muito feliz com as palavras do premiadíssimo técnico croata sobre o Beach Handball.


Para ler clique aqui

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Proposta de Competição de Base no Brasil

No Brasil que pratica o Handebol de Areia existe a cobrança por competição na categoria de base. As explicações para não realizar um evento dessa natureza são conhecidas de todos que lutam em competições adultas: país continental, altos custos e falta de patrocinadores, entre outros.

Precisamos discutir e apresentar uma proposta viável e exequível de competição de base. Penso que há espaço para isso. Darei início a uma proposta e espero receber ideias (no blog, não no FACEBOOK), para ao final termos um documento que possa ser entregue ao Diretor de Handebol de Areia da CBHb.

Antes de apresentar a proposta gostaria de lembrar que não adianta pensar em algo que onere a CBHb ou a cidade sede de uma forma que inviabilize a competição. Precisamos pensar num modelo onde a competição seja enxuta e possível de ser realizada.

Minha proposta:

  • Competição de clubes e por inscrição, com no máximo 6 equipes por naipe. No futuro poderemos evoluir para etapas regionais e etc...;
  • Idade até 18 anos feitos no ano. Exemplo: esse ano seria de nascidos até 1993;
  • A arbitragem seria local;
  • A sede seria responsável pela estrutura de quadra, pagamento da arbitragem, hospedar 2 membros da CBHb, ALOJAR equipes visitantes e INDICAR locais para alimentação;
  • Equipes participantes se responsabilizam pelo transporte e alimentação;
  • CBHb se responsabiliza pela premiação e transporte de seus dirigentes;
  • Competição de três dias (6ª, sábado e domingo), onde todos joguem pelo menos 5 vezes;
  • Fevereiro seria a melhor data tendo em vista os compromissos com vestibular. Devemos atentar para o carnaval;
  • Regras da modalidade;
  • As vagas seriam divididas em: duas da sede; uma da região e as três abertas para outros estados. Somente após um determinado prazo abriríamos para novamente para equipes da região mais próxima. Vou dar um exemplo: A Paraíba resolve sediar. O HCP e APCEF feminino se inscrevem primeiro pela sede. Uma equipe do RN se inscreve também. Nesse caso a região nordeste completou o número de vagas. Sobrariam para equipes do resto do Brasil as outras 3 vagas. Após um determinado prazo, caso sobrasse vaga (s) abriríamos para aquela região que já completou.

Por enquanto é isso. Aguardo ideias e debates para ver se temos condições de promover essa competição.