quinta-feira, 27 de março de 2008

CURSO DE ÁRBITROS DE HANDEBOL DE AREIA

Encerra hoje a inscrição para o curso de árbitros de Handebol de Areia, em Natal/RN.
O curso tem como palestrante SILVIO LAGO-PB, árbitro Internacional de Handebol de Areia . O investimento de cada aluno será de R$ 10,00.

O aluno aprovado receberá certificado. As aulas serão teóricas e práticas.

Maiores informações entrar em contato com Welsen Paulinelli
Tel: 99653883 handwell78@hotmail.com

quarta-feira, 19 de março de 2008

Beach Handball na Índia

Deu no The Hindu, jornal indiano on line:
"Foi disputado entre os dias 14 e 16 de março, o VI Campeonato Nacional de beach Handball, com trinta e duas equipes..."
www.thehindu.com/2008/03/06/stories/2008030655982200.htm

terça-feira, 18 de março de 2008

Diário do Nordeste

Matéria publicada em Jornal do Ceará. O texto foi assinado pelo Professor Alex Dourado, Diretor de Arbitragem de Handebol de Areia da CBHb.

Destaques do NETécnico de handebolPivô Emanuelle (27) sempre foi sinônimo de dedicação e superação. Perseguiu o sonho de se tornar uma grande atletas desde os 11 anos de idade. Em 1998, resolveu se transferir para a equipe de Handebol do CEFET-CE, que posteriormente passou a ser Fortaleza/CEFET-CE, quando iniciou nova fase na carreira. Foi durante 10 anos o maior destaque no Nordeste na posição. Em 2002 conquistou a medalha de ouro no Brasileiro de Clubes, na cidade de Aracajú-SE, sendo escolhida a melhor atleta da competição. Em 2003 foi convocada para a Seleção Brasileira Olímpica indoor, mas foi cortada antes do embarque para Atenas.No handebol de areia Emanuelle começou em 1999, quando se sagrou campeã brasileira do I Campeonato Brasileiro de Clubes, realizado em Fortaleza. Em 2004, foi medalha de Prata no Brasileiro de Seleções, também realizado em Fortaleza, quando foi convocada, pela 1ª vez, juntamente com a atleta Darlene, para a seleção brasileira, que participaria do I Mundial de Beach handebol, em El Gouna - Egito. O 6º lugar deixou claro que o Brasil poderia evoluir muito nesta modalidade. As previsões de confirmaram quando, em 2005, o Brasil de Emanuelle e Darlene, conquistou o Ouro nas disputas do World Games da Alemanha. Em 2006, em Copacabana-RJ, a FIH realizou o segundo Campeonato Mundial de Beach Handball. Lá, estavam novamente as atletas cearenses Emanuelle e Darlene, como grandes destaques: Brasil que sagrou-se campeão Mundial da modalidade.
CURRÍCULO RECHEADO - Darlene Silva Soaresé bicampeã mundialAlém dos recentes títulos do Pan-Americano e Ibero-Americano, a armadora Darlene Silva Soares contabiliza no currículo outros significativos troféus. Ela também é bicampeã mundiais de handebol de praia após as vitórias alcançadas com a Seleção Brasileira no World Games (Jogos Mundiais), competição disputada na cidade de Duisburg, Alemanha, em julho de 2005, e Mundial do Rio, na Praia de Copacabana, em novembro 2006.Darlene , que atua na posição de armadora, começou no handebol de quadra aos 14 anos de idade, jogando pelo time do Colégio Marista. Depois passou pelas equipes do Clube dos Diários, Fortaleza/Cefet, Aracati, Handebol Clube e COPM, ambos da Paraíba, Osasco/SP e Ulbra/RS. Ela foi companheira da pivô Emanuel Moreira Lima nos times do Fortaleza/Cefet, do Handebol Clube e COPM, ambos da Paraíba. Nesta temporada, Darlene vai defender a equipe do Aracati.A importante participação de Darlene e Emanuelle na Seleção Brasileira de Handebol de Areia ensejou a convocação de outros cearenses, mas, para a seleção masculina, casos de Antônio Djandro e Jefté Leite, que também participaram da campanha vitoriosa do Brasil no Pan-Americano do Uruguai. Djandro e Jefté, anteriormente, tiveram rápidas passagens nas seleções brasileiras juvenis de handebol indoor, mas sem maiores repercussões. Contudo, foram convocados e asseguraram as vagas para o Mundial do Rio, em 2006, e de maneira surpreendente foram campeões mundiais. "Foi surpreendente porque a participação da Seleção Masculina em Mundiais sempre foi pífia. A presença de atletas nordestinos e do Ceará passou a ser o diferencial, pois em nossa região sempre se praticou esportes na praia e o cearense joga handebol na areia desde a década de 70", afirmou Alex Dourado.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Campeonato Brasileiro de 2007

Após intensa disputa em quatro etapas, o Campeonato Brasileiro de Handebol de Areia terminou com uma fase final, que reuniu os campeões das etapas anteriores, na cidade de Aracaju.
Pela primeira vez na breve história do Handebol de Areia, uma competição conseguiu juntar os verdadeiros e melhores praticantes da modalidade.
Estiveram presentes ao evento, além do Presidente da Confederação Brasileira de Handebol - CBHb, Sr. Manoel Luiz de Oliveira, o Sr. Stanley Mackenzie (diretor da CBHb para o Handebol de Areia), o Sr. Alex Dourado (Diretor da CBHb para arbitragem) e todo o staff da CBHb. A competição também foi acompanhada pelos técnicos das Seleções Masculina e Feminina, professor Guerra-Peixe e professora Claudia Monteiro, que fizeram uma última observação para a convocação dos atletas que disputaram o IV Campeonato Pan-Americano no Uruguai.
A competição e o treinamento das seleções, que prosseguiu após o término do brasileiro, tiveram amplo apoio da Prefeitura de Aracaju, Governo do Estado e da Funcaju.

Resultado Final

Masculino
1- HCP/METALPIL (PB)
2- BNB CLUBE/PIRES FERREIRA (CE)
3- UNISUAM (RJ)
4- SÃO VICENTE (SP) UNISUAM (RJ)
5- FLUMINENSE/BANDEIRANTES (RJ)
6- CUBATÃO (SP)
7- CLUBE UNICESP (RN)
8- FORTALEZA/CEFET (CE)
9- CEPE (SE)
10- MOCIDADE (SE)


Feminino
1- HCP/METALPIL(PB)
2- COPM/POSTO OCEANIA (PB)
3- EC RIO BRANCO AMERICANA (SP)
4- UNISUAM (RJ)
5- BNB CLUBE/PIRES FERREIRA (CE)
6- TROPIGÁS/PENTECOSTE FORTALEZA (CE)
7- SÃO VICENTE (SP)
8-CEPE (SE)
9-MOCIDADE (SE)

quinta-feira, 13 de março de 2008

Livro de Handebol de Areia

Amigos,
A professora Arline Pinto e seu filho Marcio André, acabam de lançar o primeiro livro sobre o Handebol de Areia (Surgimento e Evolução do Beach Handball no Brasil). Os interessados devem entrar em contato com o Sr. Fabiano Redondo no endereço
fabianoredondo@yahoo.com.br .
Forte abraço!

terça-feira, 11 de março de 2008

A Evolução do Handebol de Areia no Brasil

O Professor Manoel Luiz, Presidente da Confederação Brasileira de Handebol – CBHb, que trouxe o Handebol de Areia para o Brasil, com o incentivo e apoio do Sr. Carlos Arthur Nuzman, encontrou um campo fértil para o desenvolvimento dessa modalidade. Competições importantes e de grande vulto, foram realizadas. O Brasil, através do Comitê Olímpico Brasileiro - COB, não mediu esforços para trazer ao País, equipes que pudessem realizar grandes eventos. Assim, foram realizados dois mundialitos dentro do Festival Olímpico de Verão. Essa competição, jogada nas areias de Copacabana com arquibancadas cheias, tinha ampla divulgação nos meios de comunicação.
Em 1998 e 1999 aconteceram duas competições Pan-Americanas de Handebol de Areia, mas somente no naipe masculino. O Brasil mostrava sua intenção de encabeçar a modalidade, promovendo e trazendo diversos países livres de despesas. Os títulos vieram e houve um grande envolvimento de todos. Nessa época, já realizávamos campeonatos nacionais.
Por problemas administrativos que fogem ao escopo desse artigo, o Festival Olímpico de Verão terminou. Muitas modalidades ficaram órfãs de boas competições. Com o Handebol de Areia não foi diferente. Entretanto, nesse momento a modalidade começou a viver um processo natural de crescimento. Competições estaduais e pequenos eventos, como o desafio Brasil X Portugal em Recife/PE, foram realizados. O campeonato nacional passou a ser de clubes.
Em 2000, a CBHb, resolveu investir em intercâmbio com grandes centros. Eu e o Professor Willian Felipe fomos levados ao 1º Campeonato Europeu, na cidade de Gaeta, Itália. Participamos ativamente das discussões acerca da modalidade, e voltamos confiantes no crescimento e desenvolvimento do Handebol de Areia.
Em 2001, fomos avisados que haveria uma competição Internacional no Japão e que o Brasil se faria presente, representando a Pan-Americana. A competição foi o World Games, uma disputa de desportos não olímpicos. Ficamos em terceiro lugar nos dois naipes, o que foi um sucesso.
Em 2002, eu, o professor Willian Felipe e o professor Stanley Mackenzie, diretor de Handebol de Areia da CBHb, fomos para a Espanha assistir o 2º Campeonato Europeu. Para nós, e para o crescimento do desporto, essas viagens foram de grande valia, pois, a todo tempo, pudemos avaliar o estágio em que nos encontrávamos. Vimos que os europeus estavam investindo muito e que não demoraria, ficaríamos para trás.
Em 2004, disputamos o Pan-Americano que decidia duas vagas para o mundial do Egito. Nós vencemos no masculino com o Uruguai em segundo, e no feminino se deu o contrário. Infelizmente, o Uruguai não honrou a classificação por falta de verbas, e a Pan-Americana perdeu uma vaga nos mundiais. Nessa competição, o feminino jogou de igual com todas as equipes e o masculino ficou com a última colocação. Fomos com um bom grupo, mas nos faltava estrutura de treinamento e jogos contra equipes de bom nível.
No ano seguinte, fomos ao World Games da Alemanha. Melhoramos um pouco no tempo de treinamento, mas no masculino, pecamos por uma estrutura excessivamente amadora. Vencemos a Croácia, terceira colocada, e perdemos os outros jogos, porém, sempre na disputa de um x goleiro. O feminino lavou a nossa alma. Venceu na final a forte equipe da Hungria e sagrou-se campeã. Nesse jogo, o destaque foi a nossa goleira Maissa, que com um gol espetacular no último segundo, fechou o placar em dois set’s a zero.
O ano de 2006 é considerado o mais importante para o Brasil no Handebol de Areia. Foi o ano em que sediamos o Mundial masculino e feminino da modalidade. Realizamos o sonho dos dirigentes da Federação Internacional de Handball. Esses senhores queriam a todo custo que a competição fosse realizada na cidade do Rio de Janeiro, Praia de Copacabana.
No meio do ano, eu e a professora Claudia Monteiro, assistimos o 4º Campeonato Europeu, na Alemanha. Filmamos e estudamos nossos possíveis adversários. Durante o ano, participamos de competições de quadra. Nossa intenção era cooptar para o Handebol de Areia alguns atletas que não disputassem a Liga Nacional. Fizemos inúmeros treinos regionais pelo país, até chegarmos a uma seleção que treinou durante 25 dias na cidade de Praia Grande, São Paulo.
Ao desembarcarmos na cidade do Rio de Janeiro, tínhamos a convicção de que não havia nenhuma equipe imbatível. Todas se equivaliam. Fizemos quatro jogos com países de 1ª linha, antes do início dos jogos. Durante a competição, a equipe feminina foi superior as outras em todos os quesitos. Sagrou-se campeã sem nenhuma sombra de dúvidas. O masculino, numa chave de cinco equipes, saiu em quarto lugar. Cruzou com a 1ª colocada do outro grupo (Croácia) e venceu. Daí para frente firmou-se e venceu a competição numa disputa contra os Turcos, até então a única equipe sem derrota.
Nosso campeonato brasileiro está se firmando. Assim como em 2006, em 2007 disputamos um campeonato brasileiro com várias etapas, sendo uma etapa final realizada entre os vencedores das etapas anteriores. Ao final da etapa de 2007, anunciamos a seleção brasileira que disputou os Jogos Pan-Americanos no Uruguai. Fizemos uma excelente fase de treinamento na cidade de Aracaju e vencemos a competição nos dois naipes.
Paralelo ao crescimento na areia, enfrentamos uma dura batalha por um quadro de arbitragem específico. Espelhados numa dupla vencedora, que já apitou uma final mundial, Luiz Felipe e Sílvio, hoje podemos dizer que os árbitros investem recursos próprios para crescerem no novo desporto. Esse quadro é dirigido pelo Professor Alex Dourado (CE), um grande amigo e incentivador das duas comissões técnicas da seleção brasileira.
Essa trajetória tem também uma linha financeira. Não poderíamos deixar de citar os incentivos de Lei Federal, como o “bolsa atleta”. Onde atletas vencedores em competições internacionais têm direito a uma remuneração muito superior a média recebida pela população brasileira.
Num país continental como o nosso, encontramos Estados com a prática regular do Handebol de Areia, inclusive nas escolas. São muitas as competições em períodos de férias. Nesse sentido, vale salientar o trabalho incansável de inúmeros professores por todo país.
Hoje encontramos um espaço entre os desportos de alto nível. Temos uma excelente estrutura de treinamento e nunca deixamos de viajar para competições oficiais. Também é importante ressaltar que estamos praticamente independentes dos jogadores de quadra. Como pode ser observado, temos apoio irrestrito de nossa Confederação. Sabemos a luta pela qual passa o Presidente, Sr. Manoel Luiz, pois é do conhecimento de todos, que o Handebol de Areia ainda não tem recursos próprios. Podemos dizer também, que o Sr. Manoel é um defensor da praia em ambientes muitas vezes hostis.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Campeões Mundiais de Beach Handball 2006

Clodoaldo, Alexandre, Mona, Jerusa, Manu, Zezé, Edna, Claudia e Rossana. Simone, Darlene, Taissi e Cynthia.

Campeões Mundiais de Beach Handball 2006

Paulinho, Guerra, Emanuel,Djandro, Flávio, Cyrillo, Eduardo, Jefte, Baldacin, Xyko, Fábio, Gil, e Bruninho.

O Beach Handball Contado Através dos Títulos

Ao longo dos últimos anos, a modalidade evoluiu muito. A sua prática tem se espalhado entre os continentes. É verdade que muito em caráter recreativo, mas esse é um tema para outro artigo.
Com esse natural incremento em sua prática, o Beach Handball, chamado no Brasil de Handebol de Areia, passou a despertar a atenção de universitários que procuram fazer sua monografia tendo o desporto como tema. Porém, esses estudantes, ávidos por conteúdo em que possam se apoiar, acabam por se frustrar ao se depararem com a falta de material escrito sobre o Handebol de Areia. Sendo assim, pretendo, uma vez por mês, escrever algo que possa contribuir para o entendimento dessa nova modalidade, ajudando profissionais que atuam no desporto e acadêmicos em suas obrigações de final de curso.

Competição Naipe Data Local Campeão Vice 3º Lugar
I Mundialito M Jan.96 Rio de Janeiro/Brasil Brasil Argentina Itália
II Mundialito M Jan.97 Rio de Janeiro/Brasil Itália Cuba Brasil
I Pan M Jan.98 Rio de Janeiro/Brasil Brasil Cuba Argentina
II Pan M Jan.99 Rio de Janeiro/Brasil Brasil Argentina USA
I Europeu M Jul.00 Gaeta/Itália Bielorússia Espanha Ucrânia
I Europeu F Jul.00 Gaeta/Itália Ucrânia Alemanha Rússia
World Games M Ago.01 Akita/Japão Bielorússia Espanha Brasil
World Games F Ago.01 Akita/Japão Ucrânia Alemanha Brasil
II Europeu M Jul.02 Cadiz/Espanha Espanha Bielorús. Rússia
II Europeu F Jul.02 Gaeta/Itália Rússia Turquia Yugoslávia
III Pan M Fev.04 Montevidéu/Uruguai Brasil Uruguai Argentina
I Pan F Fev.04 Montevidéu/Uruguai Uruguai Brasil Paraguai
III Europeu M Jul.04 Alania/Turquia Rússia Alemanha Turquia
III Europeu F Jul.04 Alania/Turquia Rússia Alemanha Croácia
I Mundial M Out.04 El Gouna/Egito Egito Turquia Rússia
I Mundial F Out.04 El Gouna/Egito Rússia Turquia Itália
World Games M Set.05 Düisburg/Alemanha Rússia Espanha Croácia
World Games F Set.05 Düisburg/Alemanha Brasil Hungria Turquia
IV Europeu M Jul.06 Cuxehaven/Alemanha Espanha Hungria Turquia
IV Europeu F Jul.06 Cuxehaven/Alemanha Alemanha Rússia Croácia
II Mundial M Nov.06 Rio de Janeiro/Brasil Brasil Turquia Espanha
II Mundial F Nov.06 Rio de Janeiro/Brasil Brasil Alemanha Rússia
V Europeu M Jul.07 Misano/Itália Rússia Croácia Hungria
V Europeu M Jul.07 Misano/Itália Croácia Alemanha Noruega
IV Pan M Fev.08 Montevidéu/Uruguai Brasil Uruguai Argentina
II Pan F Fev.08 Montevidéu/Uruguai Brasil Uruguai R.Dominicana

Forte abraço e até breve!

O Desenvolvimento do Beach Handball Através das Regras do Jogo

“O Beach Handball foi apresentado em 1995, no Congresso da Federação Internacional de Handebol, onde se encontrava o Sr. Manoel Luiz como presidente da Confederação Brasileira de Handebol. Chegando ao Brasil, o professor Manoel, que havia se interessado pela proposta de desporto, sugeriu ao Sr. Carlos Arthur Nuzman a sua inclusão no Festival Olímpico de Verão. Nasceu nesse momento à primeira competição internacional da modalidade, Mundialito, vencido pelo Brasil, com equipe dirigida pelo professor Leoni Nascimento. Nosso país faria mais três competições internacionais antes da primeira competição européia”
Na década de 80 e até o meio dos anos 90, no Rio de Janeiro, desenvolveu-se a cultura da prática do Handebol na Areia. Um jogo de sete contra sete, com a mesma regra da quadra, só que jogado na areia. O jogo era irregular, pois o tamanho da bola, a impossibilidade de driblá-la e as dimensões da quadra, geravam enorme desconforto. O jogo tinha caráter recreativo/competitivo e era um ótimo motivo para reunir amigos. Nesse sentido, vale salientar que vários Estados tinham prática semelhantes, alguns registram atividades anteriores ao Rio de Janeiro.
O ingresso do Beach Handball no Festival Olímpico de Verão causou forte impacto nos praticantes do handebol na areia. A adaptação do jogo de quadra e, ao mesmo tempo, o variado valor dos gols nos impelia a prática do jogo. A proposta veio a calhar, pois encontrou muitos atletas sedentos de um desporto dinâmico e com alto teor competitivo.

Na regra original, havia a possibilidade de gol com valores que variavam de um a três. Isso mesmo, um gol de cabeça valia três. Valiam dois os gols feitos em aérea ou gol simples de goleiro. Na verdade, toda vez que um goleiro fazia gol, era dada uma bonificação de um gol. Exemplo: gol de goleiro em aérea valia três. Dois por ser aérea e mais um pela bonificação. As substituições eram ao longo de toda a lateral. Portanto, o goleiro entrava direto no ataque.
Após dois mundialitos, passamos para competições estaduais e depois nacionais. Aqui cabe um registro interessante: o handebol de areia partiu das seleções brasileiras, para depois ser iniciado nos Estados, através de clubes e associações. No primeiro brasileiro de seleções o Rio de Janeiro sagrou-se campeão masculino. No segundo o Estado do Paraná e no terceiro Santa Catarina. Dessa última competição, foi montada uma seleção que representou o Brasil no primeiro Pan-americano da modalidade. No ano seguinte o segundo Pan-americano. Os dois foram vencidos pelo Brasil. Em 2001 disputamos o World Games do Japão, onde fomos terceiro nos dois naipes.
Ao longo desses anos, algumas regras foram suprimidas ou ganharam novas leituras. O gol de três deixou de existir. O goleiro passou a ter restrições na substituição, sendo à entrada do “goleiro especialista” feita na sua própria área. As exclusões também sofreram alterações, na interpretação de quando o jogador poderia retornar. Porém, estávamos acostumados às regras. Tínhamos inúmeras jogadas e ações que facilitavam alcançar o objetivo do jogo: o gol. Mas o jogo estava amarrado. A modalidade estava marcada. As ações ofensivas estavam minguando diante das ações defensivas. Um atacante com a bola, que não fosse o goleiro especialista, era deixado sem marcação e não restava nada para ele a não ser fazer gol de um ponto. O contato físico estava muito próximo do que acontecia na quadra. O jogo estava deixando de ser interessante.
Em 2000, na cidade de Gaeta Itália, eu e o Prof. Willian Felipp, estivemos presentes ao primeiro Campeonato Europeu da modalidade. Recebemos atenção especial dos organizadores, pois eles tinham interesse que passássemos um pouco da nossa experiência na modalidade. Ajudamos nas discussões do jogo e percebemos que eles fariam propostas de mudança de regras, com a intenção de dinamizar a modalidade.
Em 2002, antes do segundo europeu da modalidade, a Federação Européia de Handebol (EHF), que já demonstrava interesse incomum pela nova modalidade e, naturalmente, por um novo produto, sugere modificações da regra do jogo. Então é lançada pela Federação Internacional de Handebol (IHF) a regra que perdura até o dia de hoje.
A regra foi mudada e, principalmente, foi desenvolvida uma filosofia para o jogo. Ela apontava para a necessidade de se promover o jogo limpo. O contato físico seria minimizado ao máximo. Se fosse necessário, a exclusão de atletas deveria servir como afirmação dessa filosofia. O jogo ganhou em número de gols e vimos um outro desejo dos gestores da modalidade ser realizado: “o espetáculo”. O gol espetacular. A jogada espetacular. Essas ações seriam bonificadas. Ou seja, o gol espetacular passa a valer dois pontos. Um problema se estabeleceu e, de certa forma, gerou dúvida que até hoje se discute. O que é espetacular? Uma cambalhota? Um giro? Um arremesso de uma situação extremamente difícil? Enquanto se discutia as competições eram jogadas. Muitas interpretações e muitas dúvidas também. E ficou estabelecido que o giro completo fosse considerado uma jogada espetacular. Essa tomada de decisão modificou radicalmente o jogo. Agora, aquele atacante com a bola na mão passava a ter a possibilidade de fazer dois pontos. Um gol de goleiro valeria dois pontos e os outros dois atacantes que sobravam, tinham a possibilidade de recebendo a bola em aérea e fazer dois pontos. O jogo ganhou em dinamismo. O caráter de superioridade numérica, que sempre prevaleceu na modalidade, ganhou uma força incrível.
Durante o mundial do Brasil, se especulou muito sobre mudanças nas regras do jogo. Estamos atentos e tentando influenciar positivamente nessas possíveis modificações.
Espero ter ajudado em esclarecimentos sobre a modalidade, e até breve!!!!

Trabalhos Acadêmicos

Prezados Amigos,
Com a expansão do Beach Handball/Handebol de Areia como desporto de competição, mesmo mantendo a sua veia de atividade recreativa de férias e final de semana, a modalidade também se tornou opção de universitários em seus trabalhos de conclusão de curso. Como é do conhecimento de todos, o desporto carece de material didático que possa contribuir para esses estudos. É grande a dificuldade desses jovens no desenvolvimento de monografias e artigos. Ao longo dos últimos anos, pude acompanhar alguns desses estudantes e verifiquei essas barreiras. Procurei orientar com meus conhecimentos, muito mais baseado em minha memória do que propriamente algum material produzido. Participando dessa carência, escrevi pequenos textos que ajudaram a minimizar essa distorção. Porém, ainda existe um imenso vácuo entre o material escrito e a necessidade acadêmica.
Essa ferramenta que agora desenvolvo, é mais uma esperança nesse processo de conhecimento. Sem nenhuma pretensão, espero contribuir para o crescimento e desenvolvimento da modalidade através de inúmeros trabalhos acadêmicos que se espalham pelo país.
Até breve e forte abraço!

Beach Handball/Handebol de Areia

Amigos,
Não sou um expert em blogs. Estou seguindo passso a passo o que o programa indica. Espero, diariamente, receber dicas de como melhorá-lo. Aqui o esforço será no sentido de informar e fomentar discussões que possam alavancar a modalidade. Espero que esse espaço seja para aqueles que curtem o jogo. Daqui poderemos discutir regras, técnica, tática, seleção, resultados, competições e tudo que envolve o Beach Handball.
Forte abraço!