terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Minha Proposta para o Circuito Brasileiro de 2012/2013

Ao responder comentário do Professor Marcio Magliano, em post anterior, acabei expondo algumas opiniões sobre modelo de Circuito Brasileiro, que entendo ser mais adequado à nossa realidade. Pela importância do assunto, resolvi colocar aqui como post e espero receber bastante comentários. Esses servirão para a reunião durante o VI Circuito Brasileiro de Handebol de Areia, como proposto pelo Diretor da modalidade, Stanley Mackenzie.

Em primeiro lugar acredito que seja necessário fazer um esclarecimento: estamos avançando muito, mas precisamos acertar rumos constantemente. Por esse motivo, acredito que o diretor da CBHb para o Handebol de Areia deu um grande passo no sentido do desenvolvimento da nossa modalidade, ao propor reunião para mudança de regulamento e de modelo de competição.

Minha proposta:
  1. Acredito num modelo onde os clubes disputem etapas, somem pontos e consigam vagas. Faríamos mais etapas nas regiões. Autorizados pelas federações, os clubes também poderiam propor etapas. A supervisão seria da CBHb.
  2. Devemos aproveitar competições já existentes, como forma de trazermos para o nosso meio inúmeros estados que trabalham o Handebol de Areia, mas não participam da competição nacional.
  3. Os pontos podem ser conseguidos na sua região ou em outra do país. Dessa forma, manteríamos o caráter federativo da competição.
  4. Precisamos voltar com o item do regulamento que diz que na fase de qualificação só pode disputar as equipes que participaram das etapas anteriores.
  5. É preciso diminuir o número de participantes na final. A competição ficaria mais enxuta e de melhor nível técnico.
  6. As etapas devem ter número de equipes previamente definido. No modelo atual, onde as equipes se inscrevem até 10 dias antes da competição, se torna inviável um projeto para conseguir recursos e executar um evento.
  7. Precisamos pensar em algo mais flexível na transferência de atletas, empréstimos e idade de atletas.
  8. O primeiro semestre, no adulto, deve servir para definirmos datas, locais, números de participantes por etapas e projetos de execução de eventos. No segundo semestre os eventos em si. O primeiro semestre deve servir também para iniciarmos algo na categoria juvenil, até 18 no masculino e 17 no feminino.
Aguardo comentários!

6 comentários:

Evandro Morais disse...

Profº Guerra Peixe, gostaria de opinar sobre esse assunto, mesmo não fazendo mais parte da modalidade, mas nunca tendo deixado de acompanha-la.

Acredito em uma forma que além de facilitar a organização da etapa final do brasileiro, ajudaria no desenvolvimento da modalidade a nível nacional.

1º - A CBHb não realizaria mais as etapas regionais.
Com o dinheiro empregado para realização das etapas, a entidade passaria a incentivar os campeonatos estaduais. Nos Estados que uma competição já acontece, o apoio continuaria a ser na organização, mas nos Estados onde não acontecem campeonatos, uma verba seria destinada para se fomentar o Handebol de Areia com a aquisição de quadras, medalhas, formação de árbitros e divulgação do evento.
Em uma primeira etapa esse incentivo financeiro seria colocado para os Estados litorâneos, onde, teoricamente, a modalidade teria maior aceitação, e dentro de um ou dois anos, estenderia o incentivo para outros Estados. Com a maior visualização da modalidade, provavelmente, alguma empresa poderia se interessar pelo projeto e, quem sabe, colocar isso nos seus projetos de marketing por meio de patrocínios.
O incentivo não seria, simplesmente, repassado para as Federações. A CBHb administraria o evento em parceria com as Federações, assim, teria um maior controle sobre a qualidade do evento e pelo uso da verba.

2º - Na etapa final estariam classificadas as equipes melhores classificadas (por exemplo 1º e 2º lugares) e com isso a CBHb poderia planejar, desde o início do ano, a possibilidade de se custear, pelo menos, o transporte dessas equipes até o local da competição, via transporte rodoviário, por meio de aluguel de ônibus.
Só essa medida ajudaria bastante a modalidade, pois, como acompanhei em alguns anos passados, as equipes tem muita dificuldade de conseguir o patrocínio para custear essa viagem.
O alojamento gratuito continuaria a cargo da sede da etapa final ou, se a equipe puder, ficaria a cargo de seus próprios proventos financeiros.

Acredito muito nessa fórmula de competição e gostaria de compartilhar com o senhor.

Obrigado pela oportunidade de apresentá-la

MGIL disse...

Bom dia Professor,
Nós de Macaé, achamos a ideia muito interessante. Seria uma forma de organizar melhor uma evento que para muitas equipes é se torna importante, já que em algumas Prefeituras, não há trabalho com a modalidade Indoor. É o caso de Macaé, por exemplo, que dá ênfase ao Handebol de Areia.
Vale ressaltar que não estamos mais na competição porque as datas ficaram muito apertadas, não havendo a mínima possibilidade de disputamos as etapas RS, RN e o Qualifying, porque foram programadas muito próximas e acabaram com o nosso planejamento 2011/2012. Acho que a CBHb juntamente com seus diretores, poderiam reavaliar o prazo de disputa da etapa final, fazendo com que a última etapa classificatória (quali...) fosse num período bem mais distante da etapa final. Além das etapas regionais, é claro. Dou como exemplo as etapas de SP e RN que aconteceram bem perto uma da outra. Não digo que todas as equipes do RJ ou demais Estados iriam participar, mas certamente alguém iria...
Pergunta: Como uma equipe que não possui recurso nenhum poderá participar de etapas do circuito brasileiro neste formato?
Ainda existem muitos pontos que deveriam ser avaliados pela organização, por exemplo, a padronização das etapas regionais, ou seja, precisa haver regulamento mínimo para as cidades sedes.

Bom, sabendo que, talvez, este assunto fuja um pouco da sua proposta, é interessante falar porque não basta somente trabalhar regulamento, falta pensar um pouco mais nas equipes boas que ficarão e ficaram de fora de muitas etapas a disputar e já disputadas. Ai sim, acho que um regulamento forte, certamente, fará a diferença no circuito nacional. Até mesmo para dar oportunidade as equipes de tão longe e que trabalham para fazer a competição acontecer.

Para terminar, quero desejar um boa sorte a seleção e a final do circuito nacional, e dizer que: "Se as mudanças acontecerem unificadamente com os clubes, federações e confederação. Com certeza, a competição ficará muito melhor e mais organizada".

Sem mais,

Att,
MARCIO GIL

Guerra-Peixe disse...

Obrigado Evandro Moraes e Marcio Gil.

Vocês apresentaram propostas, que espero levar para as discussões que acontecerão em Guarujá.

Evandro suas propostas são válidas, porém, a CBHb ainda não destina verba direta aos eventos. Melhor dizendo, a instituição arca com passagens dos seus representantes (delegado e observador técnico), quando presentes, naturalmente. Em geral apenas um viaja. Também arca com taxa de arbitragem e premiação, mas apenas na final do circuito.

A proposta de estadualização com a final nacional é algo interessante sob o ponto de vista da democratização do desporto. Porém, com um número grande de estados ficaríamos com excedente de participantes. Outra questão é a possibilidade de injustiças. Imaginemos que SP tenha 10 equipes masculinos sendo 6 de ponta. Eles brigariam por duas vagas. Em outro estado temos 6 equipes fracas que brigam pelas mesmas duas vagas. Será justo?

A professora Jaqueline de Campinas (360º) tem proposta muito parecida com a sua. Ela deseja que a classificação se dê através dos campeonatos estaduais. A diferença é que você esboçou uma série de ações (todas válidas), mas contando com uma verba que no momento inexiste.

Outro problema é o apoio (controlado) às federações. Nesse caso, a pouca participação da grande maioria das federações na areia é um grande empecilho. Os motivos já foram fartamente descritos por vários profissionais e nem quero voltar ao assunto. Mas dar às federações um projeto que ela não deseja não me parece adequado e injusto? Se tivéssemos esses recursos qantas abraçariam uma competição com vínculo nacional?

Ainda acredito que esse processo será revertido por um movimento contrário: atletas/clubes/dirigentes/árbitros fazendo com que as federações se voltem para a modalidade. Já existem movimentos de criação de federações específicas da modalidade. Quando isso acontecer, que não desejo, muita gente vai ficar falando em traição e outras baboseiras.

Marcio Gil

A questão das datas é um grande problema. Por não ter recursos para ditar datas, local, entre outros, a CBHb se vê na mão dos cidades interessados em sediar uma etapa. Existe um planejamento mínimo de período, mas acabamos por ter que aceitar datas propostas por interessados em realizar o evento.

Poderia citar muitos exemplos de datas, mas vou para outra área. Veja o que está ocorrendo em Guarujá. A cidade tinha três arenas que seriam montadas no verão. Seriam verdadeiras obras de 500 mil a 1 milhão de reais. Iríamos aproveitar outros eventos e faríamos o nosso como quase sempre foi feito. Na hora H a prefeitura não fechou e a arena não foi montada. A quem responsabilizar? OK! Prefeitura. E daí? Fazemos o que? Cancelamos o evento? E os inúmeros contratos feitos por todas as equipes com casas, hotéis, passagens aéreas, rodoviárias e alimentação?

A fase de qualificação junto da final é uma opção de todos os esportes que utilizam essa forma de disputa. Ela nos tranqüiliza sobre possíveis ausências e nos dá a opção de substituição. Também acaba favorecendo clubes que a disputam e acabam ficando com apenas uma despesa. Assim entendo por ouvir muitos comentários nesse sentido.

Quanto ao regulamento, se entendi bem o que você escreveu, existe um Regulamento Geral do Circuito Brasileiro de Handebol de Areia. Procuramos ao máximo padronizar as sedes. Muitas vezes essa é uma barreira intransponível por vários aspectos. Mas acredite que tentamos e tentaremos sempre.

Espero ter respondido as suas questões

Paulo Geraldini disse...

Prof Guerra Peixe,
entendo que deveríamos fomentar a formação do Torneio Juvenil, e para viabilizá-lo poderíamos fazer junto com o Adulto, de tal maneira que formássemos uma Comissão com atletas do Adulto que pudessem arbitrar os jogos do Juvenil, reduzindo assim os custos de inserção. Base é importante e temos várias equipes que já tem Juvenil, posso colaborar caso necessário. Abraços Paulo Filé

Diogo Bacatela/RN disse...

Acho que a estadualização pode ocasionar "injustiças" sim, mas a não estadualização também ocasiona isso. Como exemplo, temos as equipes do RN. Tivemos um estadual organizado, bem nivelado, com boas equipes e nenhuma dessas equipes está presente na final.
Na minha opinião, é bom sim termos um bom nível na final, mas acho que não podemos atroplear outras variáveis para garantir isso. É ruim para o desporto em si. No medelo atual, sempre teremos ótimas equipes na final, porém, essas equipes, na grande maioria, sempre serão as mesmas.
Outro ponto em relação ao modelo apresentado pelo senhor, é a realização de um maior número de etapas. Não sou a favor. É muito complicado arranjar verba para viajar para uma, quanto mais para duas ou três.
Maas,

vou apresentar meu modelo:
- A competição se daria nos dois semestres. No primeiro teriamos eliminatórias estaduais onde duas ou três equipes se classificariam para uma única etapa regional. Essa etapa regional garantiria duas vagas para a fase final. temos 4 regiões, 8 times na final, um da sede e outro por convite ou qualificação. Caso alguma região não enviasse suas equipes essas vagas seriam destinadas para a qualificação. Vale lembrar que a organização das etapas estaduais ficaria a cargo do estado sob supervisão da CBHb.
Outro ponto, seria em relação aos "super-times". Na primeira vez que isso foi comentado aqui fui contra qualquer tipo de restrição, mas dessa vez, venho opinar de forma diferente. Se o senhor preza por um nivelamento e um bom nível, vai concordar comigo que ter 3 ou 4 equipes montadas de atletas "selecionáveis" não colabora também para a formentação do desporto.

Não estou criticando ninguém, apenas opinando em favor do handebol de areia brasileiro.

Forte abraço.

Anônimo disse...

Sobre o sistema de pontuação gostaria de expor o seguinte. O time que ganhar de 2 sets a 0 ganha 3 pontos. se for 2 a 1 a equipe que vencer ganha 2 pontos e a equipe que perder ganha 1 ponto. Assim, acredito que ficaria mais disputado. Desconsidere este comentário se não tiver valor. Obrigado.