segunda-feira, 4 de junho de 2012

II Etapa do Circuito Carioca de Handebol de Areia - Séries "B" e "C"

 Terminou ontem a disputa da II Etapa do Circuito Carioca de Handebol de Areia 2012. Na Série "C" (masculina) a equipe de Macaé venceu e cabe ressaltar a participação de uma equipe formada por paraibanos que estudam e trabalham no Rio de Janeiro. 

Na Série "B" masculina o Arena B H Trios venceu a jovem e boa equipe do Santa Mônica. O ex campeão brasileiro, agora junto com a equipe de Três Rios, está bem forte e vai dar muito trabalho na série principal do circuito carioca.


Na Série "B" feminina a vencedora foi a equipe do ID Hand. Com o Niterói ficando no segundo lugar. O ID Hand é de São Paulo e apostou na participação do circuito carioca. Venceu e agora medirá forças com equipes fortíssimas do Rio de Janeiro. A equipe tem futuro e é composta de jovens talentos que certamente será mais uma equipe de ponta no circuito nacional. Parabéns pela garra e determinação de investir no Handebol de Areia.

A competição teve seu início atrasado em função do incrível número de árbitros que compareceu ao evento: 2 (dois) - Rômulo Moretto e Sidiney Santos. Nesse momento também estava presente a Presidente da FHERJ, professora Luíza Brandão. Durante um bom tempo a competição foi realizada utilizando apenas uma quadra e somente à tarde, com a chegada de Rômulo Valente a segunda quadra foi utilizada. Antes disso, depois da 4ª ou 5ª partida, conseguiram mais uma dupla composta por um jovem e o Walber Camilo, fisioterapeuta do Unihand. Como não poderia deixar de acontecer a competição terminou com pouca iluminação.

Meu ponto de vista

A Federação de Handebol do Rio de Janeiro, entre seus compromissos, tem   a obrigação de tocar o Handebol de Areia. Propõe calendário. Monta uma escala de árbitros. E honra tudo isso estando presente ao evento. Entretanto, onde estão os árbitros? 

Somos sabedores que os árbitros de Handebol de Areia são os árbitros de Handebol Inddor. Alguns apenas são adaptados para a nova modalidade. Sabemos, pois não é segredo para ninguém, que alguns fazem de uma ida à praia algo apenas profissional, pois não mantêm vínculo afetivo com modalidade. Sabemos que algumas datas de competição na areia choca com outros compromissos de quadra. Também sabemos que um árbitro tem livre arbítrio para não apitar uma determinada etapa, por compromissos anteriores ou por simples motivo de querer descansar. Esse é um direito de qualquer cidadão e  é inquestionável.

Frente ao exposto ficam as perguntas. Temos árbitros suficientes para tantas competições? Não seria o caso da Federação de Handebol do Rio de Janeiro investir num grupo de arbitragem novo e próprio para a modalidade? Que tal propor ao praticante da modalidade a possibilidade de se tornar árbitro de Beach Handball da FHERJ? 

9 comentários:

Bruno Verly disse...

Infelizmente alguns problemas que são inaceitáveis, ainda estão acontecendo.
Nós, de Três Rios, nos programamos, estamos tentando nos organizar para expor melhor nossa marca e estamos tentando contribuir com o crescimento e uma visibilidade, positiva claro, da modalidade.
Saímos 6 da manhã de Três Rios, chegamos cedo, organizados e da forma que tem que ser, jogo programado para as 11:00 e começo as 13:30.
Montagem da quadra por atletas e com horário em que os jogos já deveriam estar acontecendo.
Equipes com uniforme que não condizem com as regras do jogo.
Equipes jogando sem um profissional com CREF.
Problemas de número de árbitros, já bem colocado anteriormente.
A necessidade de buscar garotos, não árbitros FHERJ para ajudar no andamento da competição e estes arbitrando de bermuda de surfista.

Bem, este caminho não é um caminho positivo e não está condizendo com a gana de algumas equipes em crescer e fazer o handebol de areia crescer.

Principal problema ocorrido:
Nosso patrocinador esteve na praia passando para ver como era o andamento da competição e me perguntou sobre alguns erros, que ele, leigo em termos de organização percebeu.
E aí? Complicado.....

Espero, de coração, que as coisas mudem, mas mudem bruscamente.

Guerra-Peixe disse...

Bruno você tem razão em tudo. De tanto postar e colocar algumas críticas, sempre construtivas e para crescer, passei a ser "persona non grata" por inúmeras pessoas que trabalham pelo Handebol de Areia do Rio de Janeiro. Por esse motivo, estou indo mais devagar e escolhendo bem as palavras, já que qualquer coisa te torna um "inimigo" em potencial.
Sempre entendi que o grande problema é a falta de uma marca da competição que pudesse gerar benefícios para todos. Mas infelizmente estou vendo que o problema é bem maior, pois além de não fomentar uma marca eles ainda atrapalham as marcas dos outros.
Forte abraço!

Unknown disse...

Estava a espera de ver qual seria seu comentário dessa etapa. Na postagem anterior você falou da pouca quantidade de árbitros na série A, mas aposto que jamais imaginou que em uma etapa teriam tão poucos, apenas 2, para apitar seria B, masculino e feminino e a série C. Tenho muito a agradecer aos 2 que compareceram e também a mulecada que quebrou um galho e ajudou na arbitragem, caso contrario acho que estaríamos la até agora jogando.

Lamentável a falta de organização da federação, o descaso demonstrado por ela pelos atletas, técnicos, equipes, patrocinadores, espectadores e amantes do handebol.

Como atleta da equipe Arena/HTR e profissional de educação física fico indignado quando vejo coisas como essa, pois nossa equipe esta correndo atrás de muita coisa pra estar apresentando cada vez mais pra transformamos nossa equipe em uma "empresa".
Mas quando um patrocinador ou potencial patrocinador assiste algo como o ocorrido complica muito a vida de todos.

Lembrando que estou aqui falando é pra somar, pra melhorar e jamais pra criticar a ponto de de estragar.

Uma dica pra federação:
Você deve padronizar as séries!! Não entra na minha cabeça porque a série A é em um modelo e a B e C em outro.

Marcio Magliano disse...

Cara..

Inacreditável.

A gente fica medindo palavras para não pegar muito pesado e tal, mas esse é um ponto totalmente inaceitável.

A própria Federação sabotando uma etapa marcando diversos outros eventos ao mesmo tempo.

Depois querem que a gente vá no blog e solte elogios..

Anônimo disse...

Só uma duvida foi pago a taxa de arbitragem pelas equipes na competição, caso sim, aonde foi parar o dinheiro?... Pq as taxas aumentam e a competição diminui?... Enquanto há equipes que querem mostrar serviço a patrocinadores para ajudar outras tiram do proprio bolso, mas para que? ter um arbitro só?... Organização é td...

Bob

J Eduardo Limas disse...

Tenho jogado (ou quando não joguei, assisti ou sempre tenho me informado) praticamente em todos os anos desde 1998, se não me engano, vi coisas legais que não foram a frente, vi coisas ruim que, graças a Deus tb não foram, mas o básico infelizmente continua. Acredito que se não surgirem pessoas realmente novas, não contaminadas pelo o que temos hoje, não tenho muita esperança que as coisas mudem.

Particularmente fiquei muito chateado com toda a situação de arbitragem ocorrida, embora acho que parte desse problema acabou sendo dos dirigentes que em algum momento concordaram iniciar a competição com o número de árbitros presentes. Acreditava (pelo menos não vi até agora) que a Federação poderia pelo menos emitir um comunicado oficial sobre o ocorrido, seja acarretado pela escala feita de maneira equivocada ou falta dos árbitros. Afinal todos, até os árbitros abdicam de momentos e compromissos diversos para estarem ali, mas existem casos, no meu caso legal, que tenho compromissos com minhas filhas de horários específicos e isso atrapalhou bastante.

O caso das equipes patrocinadas, pela experiência de já ter participado de uma, o fato é um agravante, afinal como aumentar a visibilidade com os mesmos problemas estruturais de sempre. Já passei pelo mesmo problema o qual o Bruno se referiu e é extremamente desagradável. Vendo pelo lado do patrocinador, como associar seu nome a um empreendimento mal executado ou mal falado?

Outro ponto que sempre questionei, parabéns mais uma vez ao Bruno que sai as 6h de Três Rios, ao pessoal de Paty, que também deve sair a mesma hora, é o fato de termos sempre as etapas em Copa. Eu sempre fui um entusiasta de termos etapas em todo o litoral do estado, de São Fco do Itabapoana a Parati, já joguei em Macaé e Arraial com estruturas melhores que as que temos aqui no RJ mas se ninguém tiver essa iniciativa política de interagir com as prefeituras, realmente nunca teremos como difundir (e isso para mim seria difundir) o esporte. É sabido que Campos sempre teve boas equipes, assim como a Zona Oeste do RJ, mas as pessoas não se sentem motivadas a sairem de suas regiões, então nada melhor do que ir a eles, incentivando-os a inscreverem suas equipes e quem sabe criar ligas regionais.

J Eduardo Limas disse...

Outro ponto, Guerra, onde você cita o fato de criar inimizades ou ser "persona non grata", seja o fato de personificarem as coisas ruins em você, afinal de certa forma junto com o Marcio, alcançaram um patamar de destaque no handbol de areia e não se manifestarem de maneira talvez mais contundente (além dessa ferramenta) ou talvez tentar moralizar essa situação. Talvez essas pessoas vejam em vocês uma frente para "moralização".

Guerra-Peixe disse...

J. Eduardo,

Concordo em quase tudo com você. Existem dois aspectos que quero esclarecer:

1º Não participei das conversas que levaram a competição iniciar com 2 árbitros, mas sei que existia a expectativa de outros árbitros chegarem, após compromissos. Portanto, não estou apto para julgar se os técnicos erraram ou não;

2º Eu e Marcinho fazemos o possível para contribuir. Só podemos escrever. Não posso estar encabeçando nada. Não sou convidado para ajudar em nada (mesmo me oferecendo). Tenho sido bem contundente. Tenho sido crítico do que vejo. Tenho elogiado o que entendo ser elogiável. O que posso fazer a mais?
Como membro da CBHb tenho uma série de limitações. Por conta dessa pequena participação ainda sofro pressões para "ir devagar" e etc...

Agradeço muito a sua participação.

J Eduardo Limas disse...

Guerra,

só um comentário.. em nenhum momento procurei incluí-lo na questão do inicio da etapa. Na verdade me referi aos dirigentes das equipes (inclusive o da minha equipe, caso tenha concordado com a situação).

Digo isso não só pelos atletas, muito mais pelos árbitros, que também sofrem físicamente e psicologicamente. Agradeço aos rapazes que apoiaram fazendo dupla com os árbitros experientes, não conheço a legislação desportiva, mas se foi uma ação de irresponsabilidade, acredito que possam dizer melhor do que eu. O que posso dizer é que são etapas que estão sendo queimadas na preparação dos rapazes, naquele momento dada a pressão você pode mais desmotivá-los do que incentivá-los. Conhecemos quantos que hoje não se interessam mais por apitar praia?

Outro ponto controverso para mim é a mesa, afinal fisicamente você descansa, mas psicologicamente acredito que não (pela minha formação, não sou o mais correto para dizer isso, é um palpite), pois mesa não pode conversar, tem de estar tão concentrado no jogo quanto os árbitros com o apito, não se pode errar tanto em placar como se erra hoje, deixando o jogo intranquilo para quem está dentro de quadra. Então mesmo sendo só mesário, para mim, não necessariamente se descansa.

Espero que isso seja trabalhado nos próximos encontros de árbitros, ou nas reuniões antes das etapas, acredito que o ideal, pelo volume de jogos é termos 6 árbitros e um estagiário por quadra (uma dupla no apito, uma na mesa e uma no descanso). Sinceramente em termos de custo, não sei o quanto se incrementaria, mas humanamente ganhariamos muito.

Uma questão agora que fiquei curioso, a partir de sua experiência, creio que tenha assistido etapas no sul, SP e NE. Como funcionam as coisas nos outros estados? Seja em estrutura, arbitragem, etc...

Abraços