segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Resultados Preliminares da Etapa Nacional RJ: Alguns Comentários

Após breve análise do evento realizado ontem no Rio de Janeiro, chego à conclusão que o equilíbrio foi a tônica do masculino. Todos foram derrotados pelo menos uma vez, mas as equipes continuam com chances de conseguir a vaga para a etapa final.

No feminino, ligeira vantagem para o Z5, das nossas eternas Zezé e Edna, legítimas representantes da nossa melhor geração de jogadoras na areia. A equipe está sem derrota e tem tudo para garantir vaga para janeiro no Espírito Santo.

Algumas observações:

Em que pese duas derrotas, gostei muito da equipe do Niterói. Eles apresentaram jogadores jovens, treinados e experientes. Encorparam e cresceram, fazendo jogos duríssimos com todos. Destaque para Budega, Pedro e o conjunto.

Gostei muito do Arena. Equipe treinada e que manteve o bom nível das finais do ano passado. Destaque para Diogo Vareta e o seu curinga.

Idec, antiga Unisuam, uma equipe pesada, mas muito experiente. Destaco Gusmão, Kreuguer e o conjunto da defesa.

No Rio Handbeach, destaco a iniciativa de se juntar com a equipe da professora Camila, Cepraea. Com profundos desfalques, esse grupo está jogando na experiência, vontade e aproveitando para dar experiência para os mais novos. Para almejar grandes saltos, precisa melhorar muito e treinar.

Não poderia deixar de mencionar alguns aspectos que percebo de difícil solução no RJ. Em primeiro lugar está à nítida má vontade de todos com todos. Os atletas e dirigentes entram com a idéia estabelecida de que os árbitros são ruins. Os árbitros entram com excessiva vontade de se prevalecer na força do cargo. Penso que todos deveriam dar dois passos atrás. Precisamos que venha alguém e tente conversar com todos sobre o caminho perigoso que estamos percorrendo. Ninguém está arredando o pé. Todos estão certos sempre. Essa atitude vai acabar em agressão.

Pelo lado das equipes, percebo que a falta de treinamento gera erros, e esses são jogados com muita ênfase nas costas dos árbitros. Os dirigentes e atletas reclamam de todo lance arbitrado. Um reclama por ter sido contra e o outro reclama que o adversário deveria ser punido. Todos trazem uito ranço da quadra e arbitragens antigas. Minha conclusão é que nenhum árbitro do mundo conseguiria apitar aqui no RJ...

Por parte dos árbitros, percebo um excesso de ações. O árbitro está no centro das atenções. Posso estar enganado, mas tenho a impressão que a maior parte dos erros está por excesso de decisões. Os caras apitam muito. Os erros nunca são reconhecidos. Muitos apitam como se tivessem numa guerra, com muita vontade e gestos largos. Essa atitude leva a crer em animosidade. Cada cartão parece uma arma. Os árbitros me parecem excessivamente sérios. Será determinação? Será insegurança?

Penso que não temos que descobrir culpados. É necessário conversar. Se nada for feito, quando nos encontrarmos na próxima etapa do Rio de Janeiro, tudo se repetirá infinitamente. Volto a afirmar: PRECISAMOS DE ALGUÉM QUE FAÇA UM MEIO CAMPO ENTRE TODOS!

Espero ter contribuído de alguma forma. Boa competição amanhã!

6 comentários:

Marcio Magliano disse...

Eu estou cansado! Por trabalhar com duas equipes (uma masculina e outra feminina), além de assistir, eventualmente, às etapas juvenis, acredito que eu seja uma das pessoas que mais está presente a etapas no Rio de Janeiro. Posso afirmar que não é de hoje que vejo se repetirem inúmeros problemas com algumas pessoas dessa categoria do desporto.

Permita-me discordar de você quando diz que o problema é entre CLUBES e ARBITRAGEM. Não creio nisso. Há muitos árbitros que têm um excelente relacionamento com todos, que apitam com boa vontade e são amigos dos jogadores.

Creio que o problema seja entre determinados árbitros e determinados clubes/pessoas. Estes determinados árbitros, cujos nomes não preciso citar, por ser de conhecimento de todos, combinam pouco preparo, competência e imparcialidade com muita arrogância, prepotência e arbitrariedade.

Escrevem relatórios a nosso respeito e, mesmo quando requisitamos, não temos acesso a esse conteúdo (o que, diga-se de passagem, é inconstitucional). Fato que não nos proporciona uma defesa. Quem nos julga? Que ligitimidade esses "juízes" tem para nos julgar? E como podem nos julgar se apenas o relatório da arbitragem é lido? Não temos defesa? Como pode haver suspensão pelo simples fato de estar num relatório de conteúdo duvidoso? No caso de relatório mentiroso da arbitragem, esses sofrem alguma punição?

É aquilo: todo poder na mão de pessoas despreparadas atrapalha a modalidade.

Nós treinamos, estudamos, trabalhamos muito pela modalidade. Será que eles também fazem isso? Ou veem exclusivamente como um emprego?

Gostaria de saber se existe algum mecanismo legal para que eu represente contra algum membro da arbitragem. Ou sou obrigado a me submeter a esse tipo de arbitrariedade toda vez que isso acontecer?


Só para ilustrar a arbitraridade DESSA OCASIÃO, transcrevo um trecho da regra:

16:1 Uma exclusão pode ser dada por:
d) Conduta anti – desportiva de um jogador ou oficial de equipe (8:4)

16:6 Uma desqualificação deve ser dada:
b) pela segunda (ou subsequente) ocasião de conduta anti-desportiva de qualquer um dos jogadores ou oficiais de equipe (8:4);


Se o entendimento do árbito foi por uma conduta anti-desportiva, deveria ter me punido com uma exclusão e não com desqualificação.


Prof. Marcio Magliano
Rio Handbeach
Icaraí Handbeach

Guerra-Peixe disse...

Marcio,
Entendo que você discorde. Porém, você viu apenas o seu caso. Tem muito mais que isso. Pelo menos vi todos reclamando de todos o tempo todo.

Engraçado que ia abordar algo parecido com o que você falou, mas acabou fugindo... Percebo que todos são amistosos fora quadra, mas quando a partida começa isso não se configura verdade no jogo. Cresce muito a animosidade entre todos. Todos os jogos que assisti a arbitragem foi foco principal. Por eles e por vocês de fora. Reclama-se sempre de tudo. E as atitudes deles também favorecem isso. Concordo com você quando você fala de uns mais que outros. Isso é verdade, mas tem gente que reclama por ofício, como se fosse uma obrigação. Não há boa arbitragem se as equipes não deixam, como não há bom jogo se a arbitragem não deixa.

Uma coisa é clara, se formos inocentes e arrogantes a ponto de achar que somente a arbitragem tem problemas, estaremos estagnados e nada vai mudar.

Quanto ao julgamento das situações, através de medidas disciplinares, entendo como reacionário e totalmente discriminatório. Porém, está no regulamento e não há como recorrer.

Forte abraço!

Anônimo disse...

É fato que esta situação não pode continuar. Falando especificamente da minha equipe, é extremamente DESANIMADOR para nós atletas e amantes do Handebol de Areia quando a arbitragem atua desta maneira. Alguns árbitros se sentem verdadeiros Deuses quando estão com o apito na mão. Infelizmente, as etapas do Circuito Estadual do RJ têm sido assim desde o começo do ano.
A atuação polêmica da arbitragem nos jogos gera inúmeras dúvidas, discussões e agressões verbais que não deveriam fazer parte (pelo menos não nessa proporção) da nossa etapa estadual. Sendo assim, na etapa zonal poderia ser diferente. Várias situações cometidas no estadual sinalizavam para a ocorrência das mesmas na etapa nacional.
Contudo, é triste ver uma etapa nacional no RJ ser tão semelhante (de forma negativa) a uma etapa estadual. Vale ressaltar que o valor de inscrição nacional é quase o triplo da inscrição estadual.
Acredito que algumas coisas devem ser repensadas. Hoje, a FHERJ não muda a data dos jogos da praia que coincidem com jogos da quadra. Alegam que os atletas não são os mesmos. Então porque a arbitragem é a mesma?
Existe uma avaliação dos árbitros? Pudemos ver aqui, alguns árbitros problemáticos, que já tiveram suspensões em seu histórico e outros árbitros que tiveram inúmeros problemas no estadual, apitando uma etapa nacional. Qual critério é utilizado para seleção da arbitragem? Porque as equipes não participam dessa seleção de árbitros? Não adianta apenas a punição da arbitragem sobre os treinadores e/ou atletas. Alguma coisa também deve ser feita no intuito de melhorar a qualidade da arbitragem.
Finalizando, ainda temos mais um dia de competição e torço para que haja uma reflexão em cima desse assunto, para que alguma coisa administrativa possa ser feita. Temos visto inúmeras mudanças, em regulamentos, procedimentos, punições e regras que afetam diretamente as equipes, mas nada é feito em relação aos árbitros que apitam mal.

ARENA BEACH HANDBALL

Anônimo disse...

Guerra,
Vc vê algum problema entre as equipes no handebol de praia carioca? Participo desse campeonato há mais de 10 anos e nao me recordo de atritos, problemas ou mesmo discussões mais ásperas entre as equipes, o que não acontece com a arbitragem.
Vejo atletas interagindo dentro e fora de quadra, elogiando jogadas, atitudes e levando o espírito do fair play a todo momento.
Faço algumas perguntas que são fundamentais:
1- Onde está o coordenador de arbitragem na etapa carioca do principal campeonato nacional? Não podemos ter um figura meramente ilustrativa.
2- Não deveríamos ter um delegado imparcial na competição? Todas as decisões são sempre favoráveis aos arbitros.
3- Vejo equipes treinando quase todos os dias em Copa. Vc já viu algum árbitro? Para não cometer injustiça, a dupla Luis Felipe e Silvio, quando ambos moravam no Rio, pediam para apitar nossos treinos.
4- Será que 3 duplas de arbitragem são sufucientes para apitar 25 jogos de alto nivel?

Vejo uma evolução constante das equipes, e na arbitragem vejo um retrocesso. Fiquei sabendo ontem que a Federação não promove curso de arbitragem.
Concordo com vc que precisaremos de
uma pessoa para assumir e consertar essa bagunça que é a arbitragem e o relacionamento com as equipes. Resumindo, precisamos de um VERDADEIRO DIRETOR DE ARBITRAGEM.

Abc
Felipe Ferreira
Rio Handbeach

cleiton gigante disse...

fico feliz em saber que o arena está mantendo o bom nivel do ano passado e que o meu amigo diogo e davi estão se destacando ainda mais.. fico feliz por verem esses meus amigos conseguirem fazer isso . pois estão treinando muito forte para isso estou na torcida. por eles e pelo arenaa.. .. arenaaa ate o fim .!! um grande abraço profº guerra..!

Bruno Verly disse...

Guerra tomeia liberdade de destacar um trecho de seus comentários:
Por parte dos árbitros, percebo um excesso de ações. O árbitro está no centro das atenções. Posso estar enganado, mas tenho a impressão que a maior parte dos erros está por excesso de decisões. Os caras apitam muito. Os erros nunca são reconhecidos. Muitos apitam como se tivessem numa guerra, com muita vontade e gestos largos. Essa atitude leva a crer em animosidade. Cada cartão parece uma arma. Os árbitros me parecem excessivamente sérios. Será determinação? Será insegurança?

Acho que a partir daí podemos analisar alguns fatos como:

1. O beach é um desporto alegre, solto, e não combina com excessos desnecessários.

2. O clima fica ruim, como poucos arbitros sempre revezam, a convivência fica massante. Somos humanos e por mais que seja errado, a gente passa a etapa desgastando com as mesmas pessoas, e as vezes levamos um desgaste do primeiro, segundo jogo até o final do dia, fato ruim...

3. Temos que analisar também que as vezes exageramos e esquecemos de jogar, trocando o foco do jogo em si, para querer controlar todas as ações, errado também.

4. É fato que, salvamos várias excessões, e agradeço até o acolhimento destas excessões. Até um agradecimento particular do Bruno para quem ajuda Três Rios.

5. O beach no Rio é um ícone para o país, senão houver um concenso entre todos isso pode mudar com o tempo...
Mesmo não sendo profissionais exclusivos desta atividade, temos que ter um atitude extremamente profissional, desde o dirigente da federação até o do clube, e caminharmos juntos, não tem como haver um hiato entre ambos.

Bruninho Verly
HTR - Três Rios